
Alguns desses moinhos ainda funcionam, nomeadamente os que resistem ao tempo em Trancoso e na Serra de À-do–Formoso. É nessa montanha, que faz as delícias dos caminhantes, que são mais visíveis, do lado Sul, os vestígios das barreiras anti napoleónicas. São miradouros deslumbrantes sobre a paisagem.

No século XVII, São João dos Montes inicia um período de desenvolvimento, com o surgimento da Quinta de Subserra, fundada em 1633 pelo Capitão das Índias, Diogo da Veiga.
Apesar de pequena na sua dimensão a freguesia evolui economicamente, uma vez que a Quinta fez nascer a povoação de Subserra e atraiu a nobreza e a fidalguia, que ali se instala e funda, sobretudo no século XIX, outras quintas, exploradas como espaço de cultivo e usufruídas como zonas de lazer, dada a excelência das águas e a limpidez do ar que se respira.
É o caso da Quinta dos Bichos, onde emerge uma belíssima moradia rural; da Quinta do Repouso, pertencente aos herdeiros dos Barões da Regaleira, repleta de pomares e vinhas; e da Quinta dos Carvalhos. À medida que a população ia crescendo, iam surgindo os Casais, as azenhas, os moinhos, os lagares de azeite. Num dos mais famosos, o Casal do Tojal, implantado numa escarpa de difícil acesso, foi encontrada grande quantidade de cerâmica. Chegou mesmo a ser construída na povoação uma ponte, sobre a ribeira de Santo António. O cultivo dos cereais e exploração da vinha são, historicamente, e ainda hoje, as principais fontes de riqueza de São João dos Montes.